Wagner deixa o Mali: Rússia mantém presença mercenária através do Corpo Africano
Wagner deixa o Mali: Rússia mantém presença mercenária através do Corpo Africano
🪖 Saída da Wagner do Mali
O grupo mercenário russo Wagner anunciou que vai deixar o Mali após mais de três anos e meio de combates.
No entanto, a Rússia continuará a ter presença mercenária no país. O Corpo Africano, a força paramilitar russa controlada pelo Estado, afirmou no seu canal do Telegram que a saída do grupo Wagner não irá introduzir quaisquer alterações e que o contingente russo permanecerá no Mali.
“Missão cumprida. A Companhia Militar Privada Wagner regressa a casa”, anunciou o grupo.
🇷🇺 A nova força: o Corpo Africano
Inicialmente, Moscovo expandiu a cooperação militar com as nações africanas através do Grupo Wagner. Desde a morte do líder do grupo, Yevgeny Prigozhin, em 2023, a Rússia passou a apostar no Corpo Africano como força substituta.
Este grupo está sob o comando direto do Ministério da Defesa russo e mantém operações nas regiões onde o Wagner atuava.
⚔️ A luta contra os insurgentes
O Mali, assim como os vizinhos Burkina Faso e Níger, luta há mais de uma década contra a insurgência armada. À medida que a influência ocidental diminuía, a Rússia ganhou espaço.
🧠 Análise de Especialistas
“Desde a morte de Prigozhin, a Rússia tem todo este plano para que o grupo Wagner fique sob o comando do Ministério da Defesa. Um dos passos foi introduzir o Corpo Africano como forma de manter a presença russa”, — Beverly Ochieng, analista da consultora Control Risks.
Segundo autoridades americanas, há cerca de 2.000 mercenários no Mali, mas não está claro quantos são do Wagner e quantos do Corpo Africano.
⚠️ Retirada após perdas no campo de batalha
O anúncio da retirada surge após pesadas perdas em confrontos com o grupo JNIM, ligado à Al-Qaida. Nas últimas semanas, dezenas de soldados foram mortos em ataques a bases militares.
📍 Possíveis mudanças estratégicas
“A ausência de um anúncio oficial e recíproco por parte das autoridades malianas e do Wagner indica uma possível disputa interna. Pode também refletir um novo quadro para a presença russa no país.” — Rida Lyammouri, especialista em Sahel.